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sábado, 13 de maio de 2017

E MATADOURO DE UNICÓRNIOS É TUDO O QUE PEDIMOS


Que é antigo o mórbido interesse humano pela desgraça alheia isso todos sabemos, o que vem se intensificando em razão da mídia e redes sociais que se alimentam da nossa busca pelo grotesco e se retroalimentam criando sentimentos de repulsa e desejo quando o assunto é violência.


Assim como em Abutre, filme de 2014 dirigido por Dan Gilroy e protagonizado por Jahe Gyllenhaal, em que o protagonista descobre como ganhar a vida filmando acidentes e pessoas vítimas de crimes, Juscelino Neco acerta em cheio em seu novo quadrinho “Matadouro de Unicórnios” numa crítica social muito bem humorada sobre como nossas preferências podem induzir valores e escolhas, como definimos o que é sucesso e que meios seriam razoáveis para alcançá-lo.

Sem entregar “spoilers”, de maneira bem plural, situações inusitadas e diálogos bem escritos a história passa pelo dano a uma escultura que precisa ser furtada, mercado editorial, a biografia de um detento e o que é necessário para se tornar um escritor de renome.

Assim, a originalidade começa no título, pois não é um conto de fantasia, pelo contrário, reflete vários problemas bastante reais, pois, embora o Matadouro de Unicórnios seja um livro que apareça na história também nos remete à morte da fantasia, da ingenuidade de que tudo é espontâneo e real.


            Boa leitura!