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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

DEADPOOL: A MATURIDADE DE QUADRINHOS IMATUROS OU O QUE AS MÃES DEVEM ENTENDER SOBRE ANTIHEROIS QUE NÃO SÃO PARA CRIANÇAS.

Embora, conforme aqueles que acompanham já sabem, há décadas os quadrinhos vêm se diversificando e estabelecendo um nicho para leitores adultos, com temas mais rebuscados ou simplesmente inapropriados para menores.

Já superado o odioso selo de censura, creio válidos os atuais indicativos de idade ou ao menos a indicação de que a obra seja voltada para leitores maduros, tanto no que se refere a sua acessibilidade intelectual como também à liberdade usada pelo autor que pode tratar de temas não compatíveis com a pouca idade do leitor, pois, sem entrar no mérito da subversão de nossas criancinhas, acredito que tudo tenha o seu tempo.

Mas, infelizmente, essa compreensão parece não chegar ao grande público, como ficou demonstrado na ocasião do lançamento do novo filme da Marvel: Deadpool, o qual pretendo realizar duas análises.

Esse personagem foi criado por Rob Liefeld em 1991 e era tratado de forma secundária, mas ganha força posteriormente como mercenário, desenvolvendo um humor ácido e sádico em histórias com muita violência e bizarrices.

Assim, o personagem vai ganhando uma liberdade criativa mais voltada para um leitor maduro, mas sem ser sombria ou melancólica.

E a partir de 2014 o ator Ryan Reynolds junto com o diretor Tim Miller começa uma campanha na internet com um vídeo curto do filme para alavancar a campanha de sua produção, ganhando a atenção e todo o incentivo dos fãs.

E com um orçamento modesto de R$ 58 milhões o filme faturou em seu final de semana de estreia R$ 135 milhões só nos EUA, o que era inimaginável para o Estúdio, tendo em vista a posição de seus realizadores em não abrir mão da classificação R, que aqui no Brasil ficou com o público de idade superior a 16 anos. E o sucesso se deu em razão da grande criatividade e coragem do roteiro de manter toda a loucura do original. Assim como o filme “Se beber não case” Deadpool é um filme de adolescente para adultos, só que agora com um super-herói (embora ele odeie esse adjetivo).

Então, o filme, assim como o quadrinho, não é para crianças, em razão de seus inúmeros palavrões, senas de sexo, nudez e violência explícita, embora todas muito bem contextualizadas.

Porém, o que me causou espanto, foi o enorme número de pais levando seus filhos pequenos para ver o filme.

Ainda que se escuse o desconhecimento do personagem, a indicação de idade definida para um filme não é por nada ou feita sem um motivo. Amparada na velha ideia de que quadrinhos e heróis são para crianças, os pais sequer buscavam se informar sobre o conteúdo da obra, a qual já é bastante pesada inclusive para um adulto menos avisado.
Então, fica um alerta, os quadrinhos, como qualquer manifestação artística, tem como fim não só fazer refletir, mas também entreter, segundo a faixa etária de seu leitor e devemos ficar atentos a isso, para não prestarmos um desserviço à instrução de nossos pequenos.

Boa leitura e bom filme!





 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

FANTASIA E MEMÓRIA: OS NOVOS TEMAS DE MIGUELANXO PRADO


Em 1991, quando tinha os meus 15 anos e já colecionava gibis, me deparei com uma surpresa na banca. Uma Graphic Novel em tamanho grande, com um desenho belíssimo e sem nenhum super herói. Não resisti e comprei para me deliciar com algo completamente diferente do que estava acostumado.

A obra era Mundo Cão de Miguelanxo Prado, um artista espanhol que, infelizmente, tem pouco de suas obras publicadas no Brasil, as quais sempre são divinamente ilustradas com histórias do cotidiano com pitadas surrealistas, tal como em alguns bons filmes do Woody Allen.

Mas, nosso jejum terminou graças à Editora Realejo Livros, que nos brinda com a publicação de Ardalén, a mais recente obra do autor.

Nela, uma jovem viaja até uma distante vila em busca de informações sobre seu avô a muito desaparecido. Lá ela conhece Fidel, um senhor com graves problemas de memória, mas que pode tê-lo conhecido.

Com um traço único, mais do que uma história, Miguelanxo trava inúmeras reflexões sobre o que é memória, realidade e sonhos, pois se quem somos é pautado em nossas experiências, o que nos tornamos quando não mais lembramos delas?

            Boa leitura!



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Quadrinhos Policiais


Desenhada por Carlos Sneak, o gibi "Coronel Telhada" traz às bancas quadrinhos policiais 100% nacionais. As histórias foram revisadas por policiais de modo a garantir que os diálogos reflitam a realidade das ruas.

Ela é vendida nas bancas de São Paulo e Rio de Janeiro, em formatinho, com 32 páginas, pelo preço de R$ 5,00 reais.



domingo, 7 de fevereiro de 2016

Carnaval, HQs e Educação

Nesta época, uma interessante leitura, tanto para alunos quanto pais e professores, é a Coleção Você Sabia? (da Turma da Mônica) com a temática Carnaval.

Este gibi traz, com a temática carnaval, várias historinhas, da turma, além passatempos e curiosidades sobre o assunto.


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

E O BRASIL FAZENDO BONITO!!

O quadrinhista brasileiro Marcello Quintanilha  ganhou um prêmio na 43ª edição do Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême, na França, na categorial HQ policial com o álbum Tungstênio (lançado no Brasil pela Editora Veneta, em 2014).

A história se passa na Bahia e acompanha 4 personagens principais: um sargento do exército, um traficante, um policial e sua esposa cujas tramas vão se entrelaçando a medida que a narrativa se desenrola.

Mais um exemplo da qualidade do quadrinho brasileiro sendo mais reconhecido na Europa do que em seu próprio país.

Parabéns Marcello e que esse prêmio sirva de estímulo para que venham ainda mais e mais quadrinhos por aí.