BATMAN VS SUPERMAN

Considerando que este é um blog de quadrinhos não podemos deixar de nos pronunciar sobre nossas considerações sobre o novo sucesso de bilheteria que traz um dos maiores embates dos quadrinhos para a tela grande.

Diante do longevo sucesso da Marvel no cinema, a DC vem penando para emplacar uma franquia cinematográfica com terríveis fracassos como lanterna verde e o Superman: o retorno (2006), mantendo-se em pé graças à trilogia do Batman dirigida por Christopher Nolan.

Assim, ao anunciar o embate entre os dois maiores personagens da editora criou-se uma grande expectativa entre os fãs, principalmente pela possibilidade de emular o clássico Cavaleiro da Trevas de Frank Miller, cujas várias cenas e referências foram inseridas no longa, inclusive a armadura usada pelo homem morcego.

Mas, embora já estejamos diante de um Batman mais velho, com 20 anos de estrada e um Robin morto, o contexto da história é bem diferente dos quadrinhos, os quais mostra uma Gotham tomada pelo crime e um Bruce Waine aposentado e bem mais velho que retorna com seu manto, despertando a insatisfação do presidente que envia o Superman para contê-lo.

No filme, o qual se inicia no momento da batalha do Super contra Zod, mostrada no Homem de Aço, cuja destruição é testemunhada por Bruce e que passa a temer a ameaça alienígena e começa a se organizar para contê-la.

O filme é dirigido por Zack Snyder, na minha opinião, o melhor adaptador de quadrinhos para o cinema, responsável por 300 e Watchmen que se mostra competente e entrega o prometido, um filme num clima DC, mais sombrio, com várias questões introspectivas e dramáticas em que Deuses são colocados à prova, apresentando um novo universo extendido cuja única certeza seria a dúvida. Como colocar personagens tão díspares um ao lado do outro de forma crível? E eles não só conseguem (Bem Affleck, o novo Batman está impecável) como acrescentam a Mulher Maravilha de Gal Gadot que rouba a cena toda vez que aparece.

Sim, ele ainda não é perfeito. Ainda que gigante, percebe-se um campo de testes, aonde tenta agradar os fãs com várias referências aos quadrinhos, mas também com uma trama simples que possa agradar os não iniciados, entregando um roteiro com algumas falhas e exageros desnecessários e um Lex Luthor como vilão sem motivações, burlesco e muito distinto daquele que, nos quadrinhos, chega a se tornar presidente dos EUA.

De qualquer forma, a obra foi bem sucedida ao homenagear grandes ícones de nossa cultura presenteando os fãs com a promessa de novos longas em um Universo que só tende à expandir.

Bom Filme!