Que é antigo o mórbido interesse humano pela desgraça
alheia isso todos sabemos, o que vem se intensificando em razão da mídia e
redes sociais que se alimentam da nossa busca pelo grotesco e se retroalimentam
criando sentimentos de repulsa e desejo quando o assunto é violência.
Assim como
em Abutre, filme de 2014 dirigido por Dan Gilroy e protagonizado por Jahe
Gyllenhaal, em que o protagonista descobre como ganhar a vida filmando acidentes
e pessoas vítimas de crimes, Juscelino Neco acerta em cheio em seu novo
quadrinho “Matadouro de Unicórnios” numa crítica social muito bem humorada
sobre como nossas preferências podem induzir valores e escolhas, como definimos
o que é sucesso e que meios seriam razoáveis para alcançá-lo.
Sem
entregar “spoilers”, de maneira bem plural, situações inusitadas e diálogos bem
escritos a história passa pelo dano a uma escultura que precisa ser furtada,
mercado editorial, a biografia de um detento e o que é necessário para se
tornar um escritor de renome.
Assim, a
originalidade começa no título, pois não é um conto de fantasia, pelo
contrário, reflete vários problemas bastante reais, pois, embora o Matadouro de
Unicórnios seja um livro que apareça na história também nos remete à morte da
fantasia, da ingenuidade de que tudo é espontâneo e real.
Boa
leitura!
Assisti O Abutre, filme espetacular, vou buscar o quadrinho Dotô!
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