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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

QUADRINHOS COMO FERRAMENTA DE RESSOCIALIZAÇÃO.

Todos sabem da grave crise carcerária que vive nosso país. Na tentativa de incrementar a sonhada ressocialização do preso em ambiente tão hostil, a lei 7.210/84, a lei de execuções penais, criou a remição, que é  a possibilidade do preso descontar um dia de pena para cada 3 dias de trabalho ou por 12 horas de estudo.

Porém, em razão da referida precariedade de nosso sistema, raras são as oportunidades de trabalho ou de estudo. Com isso, começou um projeto de se conseguir essa remição pela leitura, que hoje já se tornou realidade em vários Estados.

Para tanto, são organizadas turmas onde o preso deve escolher uma obra em uma lista previamente determinada e, após a leitura, realizar um relatório sobre a obra.

Porém, a grande surpresa, é que em meio a autores como Machado de Assis, Kafka e Camus, temos Maus, já um clássico dos quadrinhos de autoria de Art Spiegelman, que narra a história de seu pai, um judeu polonês que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz, durante a segunda guerra mundial e que ganhou em 1992 o prêmio Pulitzer de literatura.

Outros quadrinhos já tiveram sua importância dentro dos presídios, como o Vira Lata de Garfunkel e Malavoglia, que foi distribuído no Carandiru num projeto de combate à AIDS liderado pelo médico Drauzio Varela. Mas, é a primeira vez em que os quadrinhos deixam de ser uma ferramenta para instrução para se tornar um meio de difusão do conhecimento, agregando valores e contribuindo para o crescimento intelectual e espiritual daquele que mais necessita.

E que outras obras sejam acrescidas.


Boa leitura!

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