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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Uma triste lembrança. Mas, necessária!


No último dia 6 de agosto fez 70 anos que se deu a primeira detonação de uma bomba atômica com fins destrutivos na cidade de Hiroshima, no Japão durante a segunda guerra mundial, seguida de uma segunda detonação três dias depois em Nagasaki, somando um total de mais de 200 mil mortes, sendo a maioria civis, embora estes números sejam imprecisos, uma vez que ao longo das décadas muitos sobreviventes morreram em razão de câncer contraído pela radiação.

Este triste capítulo de nossa história é formidavelmente contado em 10 volumes por um dos sobreviventes, Keiji Nakazawa, que tinha 6 anos quando a bomba destruiu sua cidade matando toda sua família, salvo sua mãe. Com 22 anos muda-se para Tóquio tornando-se quadrinhista, quando lança GEN – pés descalços, uma das obras japonesas mais conhecidas no ocidente que narra pelos olhos de uma criança os detalhes de quem vive a experiência de perder tudo.

Infelizmente li por esses dias nas redes sociais comentários de que o uso da bomba atômica não tinha sido tão grave e que os japoneses não eram vítimas em razão das atrocidades que praticavam, principalmente na ocasião da ocupação da China.

Sem dúvida, o Governo Japonês foi responsável por inúmeras atrocidades, porém, não podemos admitir que uma atrocidade justifique outra, principalmente envolvendo civis, legitimando um revanchismo retrógrado que abomina o diálogo e a consideração do outro e da vida.

Segundo o próprio autor: “Depois da bomba, viver se tornou algo mais infernal.”


Boa leitura!


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