Em
1991, quando tinha os meus 15 anos e já colecionava gibis, me deparei com uma
surpresa na banca. Uma Graphic Novel em tamanho grande, com um desenho
belíssimo e sem nenhum super herói. Não resisti e comprei para me deliciar com
algo completamente diferente do que estava acostumado.
A obra era Mundo Cão de Miguelanxo
Prado, um artista espanhol que, infelizmente, tem pouco de suas obras
publicadas no Brasil, as quais sempre são divinamente ilustradas com histórias
do cotidiano com pitadas surrealistas, tal como em alguns bons filmes do Woody
Allen.
Mas, nosso jejum terminou graças à
Editora Realejo Livros, que nos brinda com a publicação de Ardalén, a mais recente obra do autor.
Nela, uma jovem viaja até uma
distante vila em busca de informações sobre seu avô a muito desaparecido. Lá
ela conhece Fidel, um senhor com graves problemas de memória, mas que pode
tê-lo conhecido.
Com um traço único, mais do que uma
história, Miguelanxo trava inúmeras reflexões sobre o que é memória, realidade
e sonhos, pois se quem somos é pautado em nossas experiências, o que nos
tornamos quando não mais lembramos delas?
Boa leitura!
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