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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Quadrinhos e Educação

Podemos afirmar que as Histórias em Quadrinhos, dora­vante HQs, vão ao encontro das necessidades interpretativas e ideológicas dos seres-humanos, a partir do momento em que utilizam símbolos e códigos comunicacionais da cultura enquanto ferramenta normatizadora dos grupos sociais: a imagem e, por extensão, a imagem gráfica (LOTUFO e SMARRA, 2012a).

Os homens pré-históricos, por exemplo, transformaram as paredes das grutas, cavernas e abrigos sob rocha, em grandes painéis gráficos, onde registravam a sua interpretação de mundo, com relatos de uma caçada bem sucedida, em que a cena gráfica do painel de Arte Rupestre continha informações sobre os animais e os ecossistemas predominantes da região. Também pintavam cenas do cotidiano de seus grupos sociais, símbolos cósmicos e astronômicos, além de outros grafismos abstratos, enfim, diversos elementos que compunham sua comunicação e arte.


Coelho (1991) descreve que quando o homem das cavernas gravava duas imagens, sendo uma dele sozinho e outra de uma presa abatida, poderia estar, na verdade, gabando-se de uma caçada bem sucedida, mas, também, estar fazendo o registro da primeira história contada por uma sucessão de imagens. Até os dias atuais, crianças começam a transmitir suas impressões do mundo através de desenhos que, apesar de nem sempre lem­brarem as pessoas ou objetos retratados, conseguem transmitir a informação, ou seja, a comunicação é estabelecida.

Fonte: LOTUFO, C. A. ; SMARRA, A. L. S. . Os Super-Heróis Brasileiros que Educam por Meio dos Quadrinhos. In: Nataniel dos Santos Gomes; Daniel Abrão. (Org.). Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades - Refletindo sobre o uso das Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 1ed.Curitiba: Appris, 2014, v. , p. 157-176.




           Pintura rupestre encontrada no Parque Nacional da Serra da Capivara, Piaui, Brasil.

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