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quarta-feira, 22 de abril de 2015

O PAPEL DA EBAL NA CONSOLIDAÇÃO DAS HQS COMO FERRAMENTAS EDUCACIONAIS

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     Atualmente, educadores, de maneira geral, parecem concordar com o fato de que uma imagem associada a um texto direto, simples e explicativo favorece o processo ensino/aprendizagem. Também, aparentam assentir que a quadrinização de obras literárias nacionais e universais, além de capítulos da história (brasileira e geral), tornam mais prazerosos os momentos de estudo. Entretanto, houve uma época em que as histórias em quadrinhos eram consideradas vilãs da educação. Um dos fatores que iniciou a modificação desta imagem foi o lançamento, em 1948, pela EBAL da Revista Edição Maravilhosa, que trazia uma adaptação para os quadrinhos da obra literária Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas. Esta revista seguia o modelo de sua irmã norte-americana Classics Illustrated, já no mercado desde 1941. A EBAL, por meio do seu editor Adolfo Aizen, foi a primeira a valorizar a literatura nacional com adaptações dos roteiristas e ilustradores da própria editora. Obras como Mar Morto (Jorge Amado), A Moreninha (Joaquim Manoel Macedo), O Navio Negreiro (Castro Alves), dentre inúmeras outras, foram adaptadas e quadrinizadas. A partir da década de 1950 lançou quadrinizações memoráveis como A Bíblia em Quadrinhos, História do Brasil e Os Lusíadas. O legado da EBAL e de Adolfo Aizen é inegável diante da diversidade temática que tomou as livrarias e bancas de jornais a partir da década de 1980 e vem aumentando ainda mais nos dias de hoje. Atualmente, a variedade de temas e histórias permite que qualquer professor possa identificar materiais apropriados para serem trabalhados em sala de aula, seja qual for a faixa etária, nível de ensino ou assunto a ser tratado.


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