Por
Atualmente, educadores, de maneira geral, parecem concordar com
o fato de que uma imagem associada a um texto direto, simples e explicativo
favorece o processo ensino/aprendizagem. Também, aparentam assentir
que a quadrinização de obras literárias nacionais e universais, além
de capítulos da história (brasileira e geral), tornam mais prazerosos os momentos
de estudo. Entretanto, houve uma época em que as histórias em
quadrinhos eram consideradas vilãs da educação. Um dos fatores que iniciou
a modificação desta imagem foi o lançamento, em 1948, pela EBAL
da Revista Edição Maravilhosa, que trazia uma adaptação para os quadrinhos
da obra literária Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas. Esta
revista seguia o modelo de sua irmã norte-americana Classics Illustrated,
já no mercado desde 1941. A EBAL, por meio do seu editor Adolfo Aizen,
foi a primeira a valorizar a literatura nacional com adaptações dos roteiristas
e ilustradores da própria editora. Obras como Mar Morto (Jorge
Amado), A Moreninha (Joaquim Manoel Macedo), O Navio Negreiro
(Castro Alves), dentre inúmeras outras, foram adaptadas e quadrinizadas.
A partir da década de 1950 lançou quadrinizações memoráveis como A
Bíblia em Quadrinhos, História do Brasil e Os Lusíadas. O legado da
EBAL e de Adolfo Aizen é inegável diante da diversidade temática que
tomou as livrarias e bancas de jornais a partir da década de 1980 e vem
aumentando ainda mais nos dias de hoje. Atualmente, a variedade de temas
e histórias permite que qualquer professor possa identificar materiais apropriados
para serem trabalhados em sala de aula, seja qual for a faixa etária,
nível de ensino ou assunto a ser tratado.
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