Peanuts, como originalmente é chamada e que dá origem ao apelido “minduim” do Charlie Brown, foi uma história em quadrinho escrita e desenhada pelo cartunista norte-americano Charles Schulz que foi publicada em tiras de jornal de 2 de outubro de 1950 a 12 de fevereiro de 2000, mês em que faleceu seu criador.
Nela acompanhamos as histórias de um grupo e meninos e meninas, tendo como principal destaque Charlie Brown, um menino desajeitado e melancólico e seu cão Snoopy, um cão beagle que mora em cima de sua casinha, sendo o alívio cômico e fantástico vivendo grandes aventuras em sua imaginação, sonhando ou escrevendo livros.
O sucesso foi tão grande que em 1965 os personagens ganharam um desenho animado, tornando ainda maior sua popularidade.
E essa semana estreou aqui no Brasil o longa metragem em 3D da turminha com grande receptividade de um pública que ainda não conhecia bem os personagens.
Confesso que não era tão fâ dos quadrinhos ou do desenho, principalmente em razão dos personagens que eram problemáticos demais e pouco carismáticos e com histórias repletas de fracassos e decepções. Com um viés filosófico e existencialista, não tinha a pegada política de uma Mafalda e nem era subversivo como Calvin, sendo um desenho apenas introspectivo, mas com todo o seu valor.
Porém, o novo longa me surpreendeu bastante e positivamente. Além de estarem presentes todas as referências que ficaram em nossa memória, pois gostando ou não, elas fizeram parte de minha infância, como a caça ao Barão vermelho, a dualidade sexual da Patty Pimentinha e o mal humor da Lucy, existe um frescor no longa, um humor e um ritmo raros nos quadrinhos e nos desenhos, o que foi objeto de crítica dos mais aficionados, mas que para mim e para os novatos, conseguiu aprimorar o original sem descaracterizá-lo.
E saindo do cinema, por que não passar numa livraria e comprar uma das várias coleções de tirinhas dos Peanuts?
Bom filme e boa leitura!
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