

A obra me chegou às
mãos através da indicação (e empréstimo solidário) do amigo José Carlos que me
afirmou que era a cara do blog. E ele tinha razão. Não se trata de um
dramalhão, embora tenha seus momentos mais dramáticos e nem uma cartilha,
embora saiba esclarecer muita coisa sem ser chato, e sim uma obra poética em
que o personagem/autor abre sua intimidade compartilhando a experiência de se
relacionar com alguém portadora do vírus HIV já com um filho de 3 anos que
também é portador.
Tudo levaria a um melodrama, mas Frederik é um contador
de histórias de mão cheia e sabe balancear bem o romance, humor e situações bem
ternas com um texto que flui, ora poético (... acho que as cidades engendram
constantemente desconhecidos... numa respiração lenta e vital... e, de tempos
em tempos, entre os desconhecidos, algumas pessoas especiais...), ora coloquial
(papos na cama, cortando o cabelo ou tomando café).
Pílulas
Azuis, é uma obra sensível que ao tempo que emociona, esclarece
e quebra preconceitos e com direito à debates com um mamute gigante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário