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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Analisando Kick-ass: quem nunca pensou em ser um herói?


“Sempre me perguntei porque ninguém nunca tentou. Tipo, com tanto filme e seriado baseado em gibi, é de se pensar que pelo menos um carinha mais excêntrico teria feito uma fantasia... Qualé... fala sério. Todo mundo já quis ser super-herói.”

E é assim que começa e termina uma das sagas mais interessantes, corajosas e violentas dos quadrinhos americanos dos últimos tempos. Um garoto que passou a vida lendo gibis decide colocar um colante e com dois bastões tenta lutar contra o crime. Obviamente, a coisa não seria tão fácil. A proposta seria trazer esse universo de fantasiados sem poderes para o mundo real, onde não é possível lutar contra gangues armadas com golpes de karatê. Ou não? Afinal, não deixa de ser uma história em quadrinhos. Qual seria o limite?
           
A obra é magistralmente escrita por Mark Millar (que vem construindo seu próprio universo autoral com várias obras adaptadas para o cinema, como wanted: procurado, Kingsman e o próprio Kick-Ass, além de ser responsável pela Guerra Civil da Marvel e os Supremos, a melhor versão dos vingadores já escrita) e desenhada pelo inigualável John Romita Jr (artista de X-men, Homem de ferro, Homem Aranha, Justiceiro, Wolverine, Hulk, dentre outros).
            
Ao tempo que a história comece pela realidade ela se esbarra com Big Daddy e Hit-Girl, pai e filha que nos moldes tradicionais dos quadrinhos treinaram a vida toda para dar uma surra nos bandidos, permitindo-se a fantasia de uma criança cortando um adulto ao meio com uma katana, havendo um constante entrelace entre a realidade e o imaginário, pois nada disso é isento de sacrifícios e perdas como na vida, embora numa passagem repleta de significados a Hit-Girl, com uma piscadela, diz para o Kick-Ass: “Te vejo nos gibis”.
            
Mas, por que falar desse quadrinho nesse blog sobre educação? Bem, primeiro porque aqui também é para se falar de quadrinhos, mas porque num momento de desespero o próprio protagonista questiona o universo dos heróis e gibis. Que desperdício de vida, que informações inúteis. Por que perder tempo lendo quadrinhos?
           
E numa visão de seus pais vem a resposta: “Eles não dão só escapismo, mas otimismo em cada edição. Os heróis nos lembram que qualquer apuro tem solução e que desistir não é opção. Que lição melhor que essa para crescer?”
            
Então é isso.


Segure o fôlego e boa leitura.


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