Por
O presente trabalho tem como objetivo verificar a relação entra a
força do simbolismo gráfico e da linguagem direta das histórias em quadrinhos,
e a propaganda elaborada pelas classes dominantes na definição
de padrões culturais da consciência coletiva sobre os indivíduos, analisando
a antropologia da propaganda, pode-se verificar como as histórias
em quadrinhos se tornaram uma ferramenta simbólica, mais que um simples
veículo de comunicação e, por conseguinte, de educação, para que,
essas classes, difundissem sua ideologia, visão de mundo e sua verdade
através de uma ótica etnocêntrica, no sentido de consolidar valores, em
uma perspectiva global.
A análise história tem igual importância no presente
trabalho, ainda que em um segundo momento. A análise dos mitos
que envolvem os heróis nacionais permite verificar o quão importante é o
universo das histórias em quadrinhos para consolidar as ideologias, das
classes dominantes, via propaganda, uma vez que, com o tempo, o leitor
passa a imitar (ao menos em parte) o comportamento do seu (super)-herói
e a acreditar em seu discurso.
Examinou-se, sobretudo, a fabricação dos
(super)-heróis em momentos de guerras, como a Segunda Guerra Mundial,
a Guerra Fria, a “guerra mercadológica global”, dentre outras. As cores
dos uniformes de super-heróis americanos tais como Super-Homem, Homem-Aranha,
Capitão-América, Mulher-Maravilha, chegando inclusive a
incorporar a própria bandeira dos EUA em seus uniformes. Várias histó-
rias em quadrinhos abordam a temática descrita como, por exemplo, o Capitão
América, que em sua primeira aparição em março de 1941 (Captain
America Comics #1) aparece dando um soco em Hitler.
A análise nos permitiu
concluir que existem inúmeras histórias em quadrinhos onde os super-heróis
transmitem informações e valores que devem ser incorporados
pelos leitores.
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