Ainda fico espantado como o
potencial dos quadrinhos é desperdiçado, principalmente em sala de aula, e a
forma limitada e tacanha nas suas parcas aparições, limitando-se a exemplificar
o uso da língua culta em manuais de gramática, usando toda a profundidade de
uma Mafalda (a qual dedicarei uma postagem futura) num resumo de concordância.
Tudo bem que com os incentivos
fiscais as editoras vêm investindo mais em adaptações literárias e históricas,
mas que ainda são muito tímidas e que serão criadas com esse fim didático.
Logicamente, por uma questão
cultural, falta know how aos
professores sobre a imensa variedade de material que poderia ser explorado, mas
também falta interesse de se ampliar o conhecimento sobre as grandes
possibilidades.
Por que não estudar geografia
citando e dando para os alunos lerem Corto Maltese? Como não falar de Calvin
num estudo de psicologia infantil? No lugar de uma adaptação, porque não
estudar o texto real acompanhado de um quadrinho que trata da obra, como em
Sonhos de um noite de verão de Shakespeare que na versão de Neil Gaiman a obra
é encomendada para uma encenação ao próprio Oberon? Ou mesmo a linda Mafalda
numa aula de filosofia?
Sim, estamos engatinhando
quando o assunto é o uso dos quadrinhos na educação, pois mais do que formar
leitores, devemos formar cidadãos atentos e críticos com as mentes abertas para
analisar, refletir e viver num mundo cada vez mais rico em referências, signos
e cores.
Boa leitura!
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