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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Educação e quadrinhos


Ainda fico espantado como o potencial dos quadrinhos é desperdiçado, principalmente em sala de aula, e a forma limitada e tacanha nas suas parcas aparições, limitando-se a exemplificar o uso da língua culta em manuais de gramática, usando toda a profundidade de uma Mafalda (a qual dedicarei uma postagem futura) num resumo de concordância.


Tudo bem que com os incentivos fiscais as editoras vêm investindo mais em adaptações literárias e históricas, mas que ainda são muito tímidas e que serão criadas com esse fim didático.

Logicamente, por uma questão cultural, falta know how aos professores sobre a imensa variedade de material que poderia ser explorado, mas também falta interesse de se ampliar o conhecimento sobre as grandes possibilidades.

Por que não estudar geografia citando e dando para os alunos lerem Corto Maltese? Como não falar de Calvin num estudo de psicologia infantil? No lugar de uma adaptação, porque não estudar o texto real acompanhado de um quadrinho que trata da obra, como em Sonhos de um noite de verão de Shakespeare que na versão de Neil Gaiman a obra é encomendada para uma encenação ao próprio Oberon? Ou mesmo a linda Mafalda numa aula de filosofia?

Sim, estamos engatinhando quando o assunto é o uso dos quadrinhos na educação, pois mais do que formar leitores, devemos formar cidadãos atentos e críticos com as mentes abertas para analisar, refletir e viver num mundo cada vez mais rico em referências, signos e cores.


Boa leitura!

 

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